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  • Lorenna Bogarim

Estabilidade provisória da gestante: como funciona?

A maternidade é um marco na vida das mulheres e, no Brasil, a legislação trabalhista reconhece a importância desse momento, conferindo direitos específicos para proteger as gestantes no ambiente de trabalho.

    Um dos principais direitos é a estabilidade provisória, que é a garantia de manutenção do emprego à empregada gestante, blindando-a contra demissões arbitrárias.

    A lógica é simples: é um período em que a futura mãe precisa de maior tranquilidade e segurança, tanto emocional quanto financeira, para cuidar de si mesma e de seu bebê.

Vem comigo que vou te contar tudo sobre esse direito fundamental para as mamães do mercado de trabalho!

 

A estabilidade provisória e a Lei


     Primeiramente, é importante esclarecer que o direito à estabilidade provisória da gestante está garantido pela Constituição Federal de 1988 e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

     Em suma, esse benefício impede que a trabalhadora gestante seja demitida sem justa causa desde a confirmação da gravidez até 05 (cinco) meses após o parto.

     Esse direito também assegura a manutenção de todas as vantagens que a empregada teria se estivesse em atividade, como o salário e a contagem de tempo de serviço.

      Essa segurança jurídica oferece tranquilidade para que a futura mãe possa se dedicar ao desenvolvimento saudável da gravidez, sem preocupações excessivas acerca do sustento e cuidados médicos.

 

E se a gestante for demitida?


     Aqui entra a questão da reintegração. Se uma trabalhadora é demitida após engravidar, mesmo sem saber da gestação no momento da demissão, ela tem o direito de ser reintegrada ao seu emprego. E o que é melhor, se a reintegração não for possível por "n" motivos, ela tem o direito de receber todos os salários e benefícios desde a demissão até o fim do período da estabilidade (5 meses após o parto).

     A reintegração significa que a empregada gestante volta ao trabalho, como se a demissão nunca tivesse acontecido. A empresa deve restabelecer todos os direitos, incluindo o pagamento retroativo dos salários e encargos sociais desde a data da demissão até a data da efetiva reintegração.

    A Lei é clara: qualquer demissão que não esteja fundamentada em uma justa causa é considerada nula.

    Diante de uma demissão que não observa essa estabilidade, a gestante pode (e deve) reivindicar seus direitos, que muitas vezes culmina com sua reintegração ao emprego ou uma indenização substitutiva pelo período em que teria a estabilidade.

 

Como funciona na prática?


     É fundamental que a gestante informe o empregador sobre sua gravidez assim que tiver conhecimento, apresentando um atestado médico ou exame que confirme a gestação, para evitar equívocos e possibilitar o exercício do direito à estabilidade.

   Caso a empresa recuse a reintegração, essa decisão deve ser desafiada no âmbito jurídico, e a Justiça do Trabalho é o foro adequado para tal disputa.

 

Vale para todos os contratos?


     Aqui tem um detalhe: a estabilidade vale para contratos por prazo indeterminado e, muitas vezes, também para contratos temporários, dependendo da situação.

     Para as trabalhadoras temporárias ou em períodos de experiência, há discussões na Justiça sobre o alcance dessa proteção. Dessa forma, é essencial que você procure um advogado trabalhista e peça uma orientação específica para o seu caso.

 

Conclusão


     A estabilidade da gestante é mais que um direito trabalhista. Ela reflete o compromisso da sociedade com a proteção da família, entendendo a vulnerabilidade que pode acompanhar a gestação e o pós-parto.

     Vale notar que, mesmo num contrato a termo ou em experiência, a estabilidade provisória da gestante também pode ser invocada, apesar de haver especificidades nesses casos que merecem atenção.

     Em resumo, a estabilidade provisória da gestante é um instrumento de equidade no mercado de trabalho, servindo como um guarda-chuva protetor na tempestade que pode ser uma gravidez inesperada durante a trajetória profissional. É um direito que assegura à mulher o respeito e a valorização durante um período crucial de sua vida.

     Assim, se você é gestante ou conhece alguém que está nessa situação e enfrentando problemas com a estabilidade, esse é um direito para se agarrar e lutar. É justo, é legal e é um cuidado que a sociedade deve às suas futuras gerações.



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